quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sem medo de se vestir bem!

Moda Plus Size é tema de workshop de Criatividade na 6ª Semana de Moda da FMU.
Quem veste acima de 44 sabe que é difícil encontrar no mercado roupas modernas e com um bom caimento. E é sobre o segmento plus size que tratou o workshop “Criatividade: Identidade e Imagem”, que aconteceu na 6º edição da Semana de Moda da FMU. O evento foi realizado no campus da Vila Mariana entre os dias 24 e 28 de outubro.
Numa sociedade em que o padrão estético dito ideal é representado pela cinturinha PP da Gisele Bündchen, renovar o guarda-roupa pode significar um sofrimento para aquelas que estão acima do peso. Que o diga Juliana Lindermann. A estudante de 21 anos recorreu a modelos masculinas depois de bater perna sem sucesso atrás de trajes acinturados. Ela lembra que as gordinhas também estão em sintonia com a moda e querem deixar no passado as peças com cara de saco de batata que desvalorizam o corpo. “Quero ter opções para me vestir bem e com estilo e optar por determinadas tendências”.
Pesquisas feitas pelas professoras Clarice Oishi e Aline Okumura mostram que esse mercado é muito carente e que só 10% dele é voltado à linha plus size, ” É muito pouco”, disse Aline. Com base nessa pesquisa os alunos receberam a proposta de criar roupas no estilo street wear, beach wear e work wear (roupas para o dia a dia, praia e trabalho) para mulheres  plus. Para despertar a criatividade foram exibidos três trechos de vídeos – "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom", "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" e um clipe de Jack Johnson  – que fazem referências a esses tipos de moda.
Popularizado nos Estados Unidos e na Europa, o movimento plus size, que veste mulheres a partir do tamanho 44, começa a ganhar força na terrinha verde-amarela. Com o tempo as revistas especializadas em moda vêm quebrando esse tabu de que mulher magra é padrão de beleza. Pensando nisso, as grandes indústrias já estão se especializando e investindo cada vez mais.
Já é possível encontrar diversas opções de vestuário, mas as confecções ainda têm um longo caminho a percorrer antes de cair de vez nas graças desse carente mercado que a cada dia cresce mais. As lojas de tamanho grande se multiplicam com roupas de qualidade e cortes atuais, trazendo certo alívio para as “fashionistas” de plantão. O problema, no entanto, continua sendo os preços salgados.
 
Regiane Nunes
É assessora de imprensa na área de esportes,
mas tem se interessado só por moda.

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